A forte presença do Estado na regulação da economia do país constitui um ponto conflitante. Primeiro que a função principal do estado é focar essencialmente nas necessidades básicas da população a exemplo de educação, saúde, segurança pública e infraestrutura, inclusive que permita a economia fluir, pois através desses fatores, uma população saudável e de elevado nível de educação, influencia a produtividade que resulta no desenvolvimento regional e nacional de forma mais equilibrada, que deveria eliminar essas discrepâncias históricas.
Segundo ter a presença do estado na economia, requer, prioritariamente, que este seja eficiente naquilo que, conceitualmente, faz parte da sua finalidade – cuidar da população e da coisa pública. No caso do Brasil, nós não somos um estado eficiente.
Quando se tem a intervenção do estado no setor econômico, como é o nosso caso, é perceptível o resultado global pífio, sobretudo pela falta de estrutura atender as demandas. O modelo de parcerias privadas ainda patina porque há os interesses políticos-regionais em seus ciclos que atravancam e causam insegurança aos investidores. Ou seja, a cada ano computamos um atraso sem precedentes.
Ora, se o estado está presente na economia de forma inadequada, é natural se fomentar a criação de superestruturas, muitas delas pesadas e sobretudo dispendiosas – empresas estatais ineficientes – que usadas como cabides de empregos, com alto custo para a população, padece por não ter a contrapartida em relação ao imposto que paga todos os anos.
Enquanto isso, muitos recursos que investidos no Brasil, poderiam deixar de ser apenas capital especulativo e se transformar em fonte de desenvolvimento para o crescimento econômico através de emprego e renda. Sem essa iniciativa continuaremos no topo do terceiro mundo o que não nos dá nenhum privilegio.
Por Marcelo Tavares