MAIS UMA VEZ: NOVAS ELEIÇÕES EM PEDRO VELHO/RN

Imagem/Reprodução Internet

Nosso município vizinho tem sofrido nos últimos anos com tremenda instabilidade administrativa e política, se encaminhando para a sua segunda eleição suplementar desde o pleito de 2020.

Em março de 2022, a prefeita Dejerlane Macedo e seu vice tiveram seus diplomas cassados por abuso de poder político por, em resumo, ter realizado contratações irregulares e exercido pressão nestes servidores para o acompanhamento de seu grupo político. Assume interinamente, então, a presidente da Câmara Municipal, Edna Lemos, que posteriormente viria a disputar a eleição suplementar determinada pelo TRE, da qual consagrou-se prefeita eleita.

Não por muito tempo.

Como num déjà vu, ao longo de 2023, a prefeita eleita viu-se em situação semelhante à da sua antecessora: acusada de abuso de poder político por, em linhas gerais, ter efetivado mais de 300 contratações durante sua gestão interina sem observar os preceitos legais. Para a Justiça Eleitoral, esta prática foi capaz de desequilibrar o pleito suplementar vencido por ela e, por isso, ela e sua vice tiveram seus mandatos cassados.

Novamente, assume o presidente do Legislativo até novas eleições, que realizar-se-ão em março deste ano. Tudo isso significa dizer: em pouco mais de 3 anos, 3 gestões diversas comandaram os rumos do município, que sofre com tamanha instabilidade. Gestões que iniciam sem transição, com novos servidores no quadro, encontram um “bonde andando”, sem tempo hábil para qualquer planejamento, administrando sem saber até quando estarão onde estão.

Esse cenário gera um prejuízo incalculável ao povo, que é quem mais se prejudica e, muitas vezes, não entende o porquê de tantas intervenções nos resultados das manifestações de sua soberania. Não é que possamos legitimar práticas irregulares e em desacordo com a norma constitucional-eleitoral, mas, a Justiça Eleitoral precisa encontrar um ponto de equilíbrio para minimizar os efeitos decorrentes delas e garantir alguma estabilidade administrativa aos municípios.

Entre eleições ordinárias e suplementares, serão 4 num período 4 anos. Isso não é benéfico para ninguém.

Por Marcell Pimentel

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